Escolher placas cerâmicas pode ser um pouco confuso por causa de tantas especificações e nomes diferentes. E não tem jeito, a gente precisa saber o que cada coisa significa para fazer boas escolhas e garantir a qualidade da nossa reforma. Por isso, vamos acabar com as dúvidas com essas dicas para escolher o revestimento ideal.
Qual a diferença?
Os inúmeros nomes que encontramos por aí para os revestimentos cerâmicos disponíveis do mercado podem confundir, mas existe uma forma bem simples de saber exatamente o que você quer.
O INMETRO tem uma classificação dos revestimentos cerâmicos com base na sua absorção de água, como você pode ver abaixo. Esse fator é importante porque a absorção de água e a durabilidade de seu revestimento estão diretamente ligados.
Inicialmente, a permeabilidade é um fator importantíssimo porque muitos dos revestimentos cerâmicos são usados em áreas que têm umidade. A resistência à água nesse aspecto é muito importante. Mas a porosidade de um revestimento também é diretamente ligada à resistência mecânica do revestimento, ou seja, à sua dureza e durabilidade.
Tendo isso em mente, forma-se uma escala a partir do revestimento chamado poroso, que é o que absorve mais água e tem menor resistência mecânica, até o porcelanato, que absorve menos água e é mais resistente.
Vale lembrar que essa informação deve constar obrigatoriamente na embalagem e especificação de qualquer revestimento cerâmico, então é só olhar com cuidado na caixa ou no site do fornecedor.
Com essa informação, é muito comum que se escolha sempre o porcelanato, já que ele é mais resistente, mas você pode optar por outros tipos de revestimento principalmente em áreas que não tenham contato com umidade. Um lugar em que você pode abusar dos revestimentos com mais absorção é nas paredes, que inclusive vão se beneficiar na hora da instalação desses revestimentos mais porosos e leves.
Acabamento das bordas
As bordas dos revestimentos podem ter dois tipos de acabamento: retificado ou não. A opção não retificada é a mais clássica e comum, o azulejo padrão com aquela leve curvatura nas bordas. Já os revestimentos retificados tem uma borda com um ângulo reto, sem aquela curvinha. A grande diferença entre esses dois revestimentos é o tamanho da junta de assentamento, que no retificado costuma ser menor e por isso passa aquela impressão de continuidade que você vê em pisos que simulam o cimento queimado, por exemplo.
Mas o que é junta de assentamento?
A junta de assentamento é o espacinho que fica entre duas peças de revestimento, que se preenche com rejunte. Ela serve para garantir um espaço de dilatação para seu revestimento, impedindo rachaduras, descolamentos e quebras. Ela pode ser maior ou menor a depender do seu revestimento, outra informação que você também acha nas especificações das placas cerâmicas.
A junta de assentamento é importantíssima, por isso, nada de usar a chamada “junta seca”. Ela nada mais é do que não deixar uma separação entre as placas, de forma que você não tem espaço algum para essas placas dilatarem. Esse procedimento é perigosíssimo, seu revestimento pode até estourar e machucar alguém, então nada de junta seca!
Acabamentos de superfície
Os revestimentos cerâmicos podem ter vários acabamentos: brilhante, acetinado, texturizado…
Em geral, você pode optar pelo que você achar mais legal, mas é sempre importante se atentar para um detalhe específico que é bem importante: As opções que tem um esmalte brilhante são mais escorregadias quando molhadas do que as versões opacas e texturizadas. Inclusive, em muitos fornecedores é possível encontrar o mesmo revestimento de piso com diferentes acabamentos na superfície, então verifique com atenção qual a sua opção favorita.
Agora que você já sabe como escolher o revestimento ideal fica bem mais fácil de reformar, não é? Uma última dica que você deve ter em mente é que rejunte também tem cor, e as lojas podem até sugerir a melhor opção para combinar com seu revestimento. Faça escolhas conscientes e não se esqueça de se divertir no processo!